“Assim se realizam, no correr do século IV, a transformação do cristianismo de religião perseguida em religião
do estado e a transformação de um deus rejeitado em um
Deus oficial. Os homens e as mulheres que vivem na
Europa ocidental passam, em poucos decênios, do culto
de uma multiplicidade de deuses a um Deus único”.
LE GOFF, J. O Deus da Idade Média. Conversas com Jean-Luc
Pouthier. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 19-20.
a) Indique uma motivação que levou o Império Romano
a adotar o cristianismo como religião oficial em seus
domínios.
b) Aponte dois exemplos da incorporação de elementos do paganismo às práticas devocionais cristãs na passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) Indique duas características do cesaropapismo que se desenvolveu na cristandade oriental.
b) Aponte dois exemplos da incorporação de elementos do paganismo às práticas devocionais cristãs na passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) Indique duas características do cesaropapismo que se desenvolveu na cristandade oriental.
a) Diante da crise do Império Romano, que se
manifestava desde o século III d. C., diversos
imperadores, a partir de Constantino, buscaram
no cristianismo – em franca expansão, apesar das
perseguições – um ponto de apoio que contribuísse
para estabilizar o Estado Romano. Todavia, a
crise do Império era estrutural, o que levaria à sua
queda no século V.
b) Um dos exemplos é a absorção da utilização de imagens nos cultos, como pinturas e estátuas que representavam passagens bíblicas e mesmo figuras divinas, como Jesus ou Deus. O uso de ícones era comum em religiões pagãs, mas rejeitado nos primórdios da religião cristã. Outro exemplo foi o desenvolvimento do culto aos santos, elemento de caráter politeísta e que não existia no cristianismo primitivo. Ainda se pode citar a adaptação de festas pagãs, como por exemplo a Saturnália, que foi transformada no Natal, comemoração do nascimento do Cristo.
c) Subordinação da Igreja (representada pelo
patriarca de Constantinopla) ao Estado (representado pelo imperador); e rejeição da autoridade
do papa (bispo de Roma) como suprema autoridade da Igreja Cristã.
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